Olá, pessoal!
Hoje aqui no Criatividade Comum vamos apresentar o autor Rogério Pietro. O seu livro, Gabriel Querubim e os Guardiões do Sonhos, se trata de algo que todos nós compartilhamos e mesmo assim, pouco sabemos: Os sonhos. Com influências bem brasileiras, como a música Aquarela (Vinicius
de Moraes, G. Morra, M. Fabrizio e Toquinho), o seu trabalho está gerando uma boa repercussão, com várias entrevistas e até mesmo uma aparição na Vitrine do Faustão (Domingão do Faustão). E para conhecê-lo melhor nós fizemos uma entrevista muito interessante. Apreciem!
Nasci em 1974 em Santo André/SP. Como sempre gostei de ciência, me formei em Farmácia, fiz mestrado e doutorado e sempre estive envolvido com pesquisas. O conhecimento científico de diferentes áreas eu levo comigo e deixo passar para as coisas que escrevo.
Sinopse
Gabriel é um menino de sete anos de idade que descobre por acaso que consegue entrar em contato com outras pessoas enquanto dorme, nos sonhos. Aos poucos, ele descobre que o sono é um portal que leva todas as pessoas a viverem em uma dimensão paralela, o mundo astral, onde é a verdadeira vida das pessoas. Nesse estado alterado da realidade, os pensamentos ganham forma e vida, gerando sonhos ou pesadelos de acordo com o sonhador. Gabriel é recrutado por um grupo de querubinos, crianças que se reúnem com a missão de combater os pesadelos, e entra para o grupo do africano Amaruro e do japonês Kosuke. Apesar de se reunirem quando dormem em seus países, eles nunca se encontram quando estão acordados.
Gabriel Querubim - Book Trailer
A Inspiração
A inspiração primária que me
levou a escrever as aventuras de Gabriel Querubim foi a música Aquarela,
composição de Vinicius de Moraes, G. Morra, M. Fabrizio e Toquinho, na voz do
qual a Aquarela atravessou fronteiras e ganhou o mundo.
Eu queria escrever a história de
um menino que fosse para algum mundo mágico onde tudo fosse possível. Seus
pensamentos se tornariam realidade, ele viveria peripécias incríveis com seus
amigos, encontraria criaturas bizarras e daria muitas risadas por onde
passasse.
Antes disso, as histórias que eu
escrevia eram todas muito sérias, violentas e baseadas na aventura por meio de
armas e bombas. Foi assim que, por causa de um sonho que tive, fui criando aos
poucos a imagem do menino que viajaria por outras dimensões em busca de respostas
para a sua maior necessidade: ser feliz.
A Aquarela veio me ajudar a
formular como seria esse mundo, por isso existem muitas “pistas” dessa
inspiração dentro do próprio livro.
O sol amarelo é o símbolo dos
querubinos do Castelo Branco, e o próprio Amaruro chamou Gabriel de “menino do
sol amarelo”.
O castelo feito com cinco ou seis
retas é o Castelo Branco onde vivem os querubinos.
O lápis em torno da mão que me dá
uma luva é a capacidade de criar formas de pensamentos no Mundo Real.
E o guarda-chuva que tenho com
dois riscos – se faço chover – tem uma passagem muito especial no livro, quando
Amaruro ensina a Gabriel o poder de nossos pensamentos com as psicoformas.
Gabriel Querubim e os Meninos
Guardiões do Mundo dos Sonhos foi a forma que encontrei de provar para mim
mesmo que é possível escrever um livro de fantasia sem precisar de armas para
garantir a ação e a emoção da aventura.
O livro fala daquilo que todos
tivemos em nossa infância. Nossas dúvidas e sonhos, as imagens fantásticas e a
imaginação como principal combustível da alegria. Afinal, quem nunca se
perguntou lá pelos sete anos de idade do que são feitos os sonhos que sonhamos
quando dormimos?
Entrevista
Quantos anos tinha quando se interessou por histórias e começou a escrever?
Eu sempre me interessei por aventuras, fantasia e ficção-científica, e isto foi bem anterior à arte da escrita. Acredito que seja natural para uma pessoa tomar contato com estes assuntos na forma de quadrinhos, desenhos animados e filmes, em primeiro lugar. Como sou desenhista, minhas primeiras criações surgiram na forma de tirinhas e gibis que eu fazia por diversão. Mais tarde, com cerca de quinze anos de idade, comecei a me aventurar na literatura por ser uma linguagem mais ágil e mais fácil do que os quadrinhos. Além disso, o que eu tinha a dizer já não cabia nos balões das falas dos personagens.
Quais são as suas maiores influências literárias?
A primeira influência literária foi Arthur Conan Doyle, autor das aventuras de Sherlock Holmes. Ele foi um excelente escritor inglês e é considerado um clássico mundial. Também me influenciaram Frank Herbert, autor da saga Duna, e Orson Scott Card, que tem uma narrativa invejável. Dos brasileiros, um que me influenciou foi Érico Veríssimo, porque ninguém até hoje conseguiu criar personagens tão reais quanto ele.
Você pensa em escrever uma continuação para o livro Gabriel Querubim e os Guardiões
dos Sonhos?
A continuação do livro já está escrita, porém ainda aguarda a melhor oportunidade para ser lançada. O que eu posso adiantar é que o segundo livro, que também é o último, é muito maior, mais profundo e melhor trabalhado do que o primeiro. Gabriel Querubim é uma obra que não precisaria de uma continuação, mas ela surgiu pela própria força dos personagens, e agora eu a vejo como um prelúdio do segundo livro. Além dessa bilogia do Gabriel Querubim, ainda tenho outros seis livros escritos sobre temas diversos em fantasia, ficção e aventura. Estou aguardando o interesse das editoras para produzir esses trabalhos.
Assim como o livro fala sobre sonhos, qual é o seu maior sonho que gostaria que se realizasse?
Ser um escritor... Pode parecer contraditório, mas não é. Um escritor é alguém que vive de escrever. Eu ainda não posso me dar a este luxo, por isso me considero apenas um autor (alguém que tem a autoria de uma ou mais obras literárias).
Quais são os temas dos outros livros que você escreveu?
O primeiro livro que escrevi é uma ficção-científica futurista, que se passa no século 29. Ele também tem uma continuação. Juntas, essas duas obras têm umas setecentas páginas, e é uma trama bastante densa e elaborada. Não é um livro infantil. Também tenho outros de ficção, sempre explorando as possibilidades científicas, e até mesmo um livro misturando o universo de Jornada nas Estrelas com o dos robôs de Issac Asimov. Eu particularmente gosto muito dele. Esse foi o único livro que escrevi baseado em criações que não são exclusivamente minhas.
Qual a mensagem que você gostaria de deixar aos escritores de primeira viajem?
A viagem é longa e não tem um destino final, por isto continuem viajando.
Rogério Pietro no estúdio do programa Roteiro, da Rádio Boa Nova
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Pedro Sebilhano
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